quarta-feira, 14 de março de 2007

Os 3 porquinhos digitais

Acho que todo mundo conhece a história “Os três porquinhos”, pois bem, imaginem se ela acontecesse na época atual e ao invés de casas, nossos amigos estivessem montando seu computadores pessoais…

Era uma vez três porquinhos que gostavam muito de informática. Eles decidiram montar seus próprios computadores e instalar seus aplicativos.

O primeiro porquinho, que era muito prequiçoso, decidiu que ia instalar o Windows, pois era só clicar “Avançar” em meia dúzia de perguntas e pronto, estava tudo instalado e ele poderia rodar seus aplicativos e jogos para se divertir. Porém ele não configurou o firewall, nem instalou o anti-vírus, anti-Trojan, etc, etc, etc, para que houvesse uma mínima segurança no uso do seu computador. Logo-logo ele estava jogando e contando vantagem para cima dos outros que ainda estavam instalando e configurando suas respectivas máquinas.

O segundo porquinho também quis instalar o Windows, porém, não preguiçoso quanto o primeiro, decidiu atender todas as recomendações de segurança da Microsoft. Instalou o anti-vírus, anti-Trojan, configurou o firewall, atualizou os patches de correções, enfim, gastou quase todas as suas economias comprando softwares e mais softwares, apenas para estar seguro de que nada de mal ia acontecer com seu computador.

Assim que terminou tudo, juntou-se ao primeiro porquinho para zombar do seu irmão.

O terceiro porquinho, decidiu instalar o Linux, pois era mais seguro, robusto e livre das pragas virtuais modernas, tão comuns hoje nos noticiários. Após configurar seu firewall, juntou-se aos seus irmãos.

Parecia ir tudo normal, mas de repente, o computador do primeiro porquinho começou a ficar lento, ter “comportamentos estranhos” e travar incessantemente: era um vírus que tinha acabado de invadir o seu computador. O vírus soprou, soprou e finalmente destruiu todos os dados do primeiro porquinho, levando por água a baixo todo o seu trabalho e prazer de usar o seu computador novo.

Como ele era prequiçoso, foi para o computador do segundo porquinho, para usar junto com ele pois, julgava que este estava seguro, e as coisas que ele tinha ignorado agora não eram mais problema.

Eles dividiram o computador e vez por outra zombavam do terceiro porquinho, que a essa altura nem mais dava ouvidos a seus irmãos.

O que os dois irmãos porquinhos não esperavam é que os vírus fossem mutantes e que novas falhas de segurança do Windows fossem encontradas. E isso tudo aconteceu antes das empresas de “anti-qualquer coisa” conseguirem lançar as vacinas e mesmo da Microsoft fornecer um novo “patch” para corrigir o problema na segurança. Então o vírus chegou ao computador do segundo porquinho e soprou, soprou e finalmente conseguiu invadir e destruir todos os seus dados.

E agora? O quê que eles iriam fazer, uma vez que agora estavam sem computadores? Foram então pedir para se juntar ao seu irmão, o terceiro porquinho, que como todo bom irmão, não guardou mágoas.

O terceiro porquinho acolheu seus irmãos e lhes mostrou as potencialidades do Linux e a robustez e segurança dada aos seus usuários. Os dois ficaram impressionados com o que viram, pois pensavam que era “um bicho de sete cabeças”, quando na verdade era apenas uma maneira um pouco diferente de usar os computadores, diferente da receita dada pelo pessoal da Microsoft.

Porém eles ainda tinham medo do “tal vírus” que destruiu os computadores deles. E como era de se esperar, o mesmo chegou no computador do terceiro porquinho. Porém, nesse caso, o vírus soprou, e soprou, e soprou mais e mais, e todas as vezes sem sucesso. Tentou de todas as formas invadir e nada, a tal ponto dos três irmãos juntos começarem a zombar do vírus cantando: “Quem tem medo do vírus mal, vírus mal, vírus mal, lá, lá, lá, lá!”

Este é só um conto-de-fadas para crianças não tão crianças assim e que já são capazes de fazer o paralelo entre esta história e suas próprias vidas…

A Microsoft nos oferece produtos supostamente fáceis de usar, porém que nos trazem tantas dores de cabeça, que ao longo prazo o custo disso é incalculável. Por outro lado o “tabu” de que o Linux é difícil de usar tem cada vez menos bases de sustentação. Cada pessoa que usa, percebe que basta aprender algumas coisinhas a mais e as preocupações somem!

Seguir a “cartilha” proposta por uma multi-nacional que visa destruir o Linux, para não ter competidores, é uma decisão que cabe a você, porém pare e pense um pouco. Será que há lógica em pagar por uma licença de software que te trás problemas?

Autor: Dalmo Cirne

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