quarta-feira, 14 de março de 2007

Google exige uma melhoria elétrica nos PCs

AN FRANCISCO – A gigante da Internet Google está pedindo para indústria de computação criar uma maneira mais simples e eficiente de fornecimento de energia para micros, assim economizando bilhões de kilowatts/hora por ano.



Leia abaixo o texto

Em um documento que será apresentado na terça-feira, durante a abertura do Fórum de Desenvolvedores Intel, em San Francisco, dois designers chefes de data center do Google irão argumentar que a indústria está atolada em ineficiência por razões históricas, datando a introdução do primeiro computador IBM, em 1981.



Naquele tempo, o suprimento de energia normal, que converte correntes alternadas de alta-voltagem para correntes diretas de baixa-voltagem (AC/DC), era necessário para prover múltiplas saídas de voltagem, sistema que não é mais necessário para os PCs de hoje.



O plano do Google é a mudança do suprimento multivoltaico para um único padrão de 12-volts, ainda que uma conversão de voltagem tivesse de ser feita na placa-mãe do micro, um design mais simples do novo suprimento de energia faria com que fosse mais fácil atingir melhores performances das máquinas.



A proposta do Google é similar em seu desejo de um esforço por parte da indústria elétrica para oferecer aos fabricantes de computador incentivos financeiros para desenhar novos suprimentos de energia mais eficientes para computadores domésticos. A eficiência dos suprimentos de energia hoje é muito variável, vão desde o aproveitamento de 90% da energia a até 20%.



Uma parceria já existente, chamado 80 Plus, indica uma média de 80% de eficiência como um padrão. Essa sociedade é formada pela firma de consultoria Ecos Consulting, e um grupo de companhias de serviços elétricos. A Ecos começou a mensurar a eficiência dos fornecimentos de energia nos computadores em 2003 e descobriu que nenhum deles atingiu o padrão de eficiência.



Mas conselheiros técnicos do projeto disseram que desde que o programa começou, no ano passado, a indústria já deu inicio a esforços dobrados para atingir os padrões indicados.



“Nós temos 70 designs compatíveis ao novo padrão, e de 15 a 20 fabricantes”, disse o conselheiro, Chris Calwell, vice-presidente e diretor de política e pesquisa da Ecos Consulting. Os novos projetos estão começando a se tornarem comerciáveis, disse.



Tanto os engenheiros do Google quanto Clawell concordaram que ainda existem diversas falhas nos desenhos dos atuais suplementos de energia, que eles descrevem como “superestocamento” nos PCs atuais. “É como colocar um motor de 400 cavalos de potência em todos os carros, só porque alguns carros precisam rebocar trailers de vez em quando”, disse Calwell.



De acordo com a firma de pesquisa energética e consultoria EPRI Solutions, mais de 2,5 bilhões de suprimentos de energia do tipo AC/DC são usados nos Estados Unidos e o número chega a, pelo menos, 6 bilhões no mundo.

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